quinta-feira, 10 de abril de 2008

E salpicão?




"Fazer uma obra não é o mesmo que fazer um carro ou uma salsicha!" pois ta claríssimo que não meu caro Engenheiro! A complexa montagem de um veículo automóvel de 2 eixos implica um tecnicismo elitista e a arte de bem construir uma salsicha tenrinha e saborosa tem com certeza uma metodologia ancestral absolutamente incomparável com a execução de uma obra. Tem toda a razão meu caro. Executar um Empreitada em nada se coaduna com o complexo processamento de informação, mecanismos, meios e procedimentos necessários para compatibilizar entre todos os intervenientes as funções e actividades necessárias para tecer adequadamente todos os meandros mágicos de um ganda carrão ou uma bela salsichona, onde naturalmente sua excelência convirá que a sua intelectualidade não seria adequada ao processo construtivo adjacente ao objectivo a atingir e, naturalmente não valeria um chavo de tão inacreditavelmente idiota que é!
Antes a execução de uma obra poderia sim ser semelhante à construção de um monolugar ou um salsichão mas de um carro e uma salsicha???Não, de todo impossível Sr. Engenheiro. Tecnicamente inviável!

Este é o valor das reuniões de quinta-feira: podem ser completamente inúteis para o fim que lhes dá o nome mas que produzem umas belas dumas histórias, lá isso não há dúvida!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Termos técnicos de coisas comuns


Bom, disse que ia dedicar outra entrada aos termos técnicos que aprendi que me permitem fazer um brilharete num grupo de gente que não perceba nada de construção civil (muito útil portanto). Ora então vamos lá ver as coisas do ponto de vista de uma leiga:

- Betão : betão não é cimento! Aquilo que vemos numa parede quando estão a construir um prédio é betão. O betão é feito de cimento e outro qq material de maior ou menor granulometria. Portanto NUNCA digam que uma parede é de cimento perante alguém de civil!

- Argamassa: de forma simples é cimento. aquilo que vemos fazer naquela geringonça que está sempre à roda que encontramos nas obritas pequenas de construção de qualquer prédio.

- Betão armado: arma-se uma parede em ferro (ou seja cruza-se os ferritos todos até aquilo ter a forma de parede, ou chão, ou tecto) e depois enche-se com betão. Isso é betão armado!

- Betão ciclópico: ok isto nem algum do pessoal de civil sabia o que era até ter sido feito.De forma leiga é um betão feito de cimento e material britado.

- Betão de limpeza: betão de baixa qualidade (de granulometria irregular e ranhosa) que se usa só para "limpar" um terreno, quase como "base" para se começar a construir em cima.

- Betão novo e betão velho: tão simples como o betão que ainda não secou e o betão que já secou e está lá há algum tempo:)

- Betuminoso: De que são feitas as estradas? de Asfalto? NOP! De B E T U M I N O S O! O betuminoso é feito de asfalto com mais algumas coisas. Outra asneira que não convém dizer junto de pessoal de civil:)

- Chocho: isto não é um termo técnico (acho eu) mas o termo "prático" para uma coisa que eu nem sabia que era importante (acho que nunca tinha pensado nisso). Chocho é o que se forma quando o betão não fica bem vibrado e portanto forma "bolhinhas" que são particularmente preocupantes se a parede depois for para ficar em contacto com algo agressivo, como por exemplo, efluente.


P.S. - Agora já começo a perceber que há toda uma ciência por detrás daquela massita pastosa e cinzenta...

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

As expressões


As personagens que encontramos neste sítio TÊM e VÃO ser condignamente retratadas neste blogg, pelo que, tal homenagem levará o seu tempo se se quer o perfeccionismo adequado à qualidade dos ditos senhores.

Assim, vou dedicar esta entrada no blogg às maravilhosas expressões que aprendi no decorrer deste ano e pouco de construção civil:

- " Sigá marinha!" - não sei sequer como se escreve. admito a minha ignorância. Sei apenas, que se adequa aplicá-la quando se quer dar um tom prático, porreiraço e hierarquicamente superior a qualquer coisa a executar. Sinónimo de " então é preciso fazer".

- "Dar fogo à peça" - ??Mas...queimar o quê?? Não, nao é queimar, é acelerar a execução de qualquer coisa. Se queres ser "o engenheiro porreiraço que entra na giria de civil" é essencial que a apliques. Como e quando? sempre!

- PÁ, repetidamente e em substituição de espaços entre palavras ou pausas. "Então pá, isso pá, tem de se fazer pá. Pá, mas há que acelerar pá. E ta tudo bem por aí pá?Sim?Pá gosto em ouvir-te pá.Adeus pá!" Fica sempre bem aplicar caso se fale com inferiores hierarquicos a quem se vai pagar serviços. Lá está..dá o tal toque porreiraço que deve ter um engenheiro no mundo da construção:)

- "digamos" : não sabes o que dizer? não consegues organizar ideias antes de falares? sabes que te estás a entalar mas tens de dizer as coisas pausadamente para dares tempo de os receptores assimilarem bem cada palavra do que dizes? então DIGAMOS que podes utilizar DIGAMOS livremente no discurso! O recorde são à volta de 30 vezes numa hora por isso estás à vontade.

- " isso não é bem assim. é complicado" : há quem simplifique. se não queres fazer alguma coisa ou tens de dar a entender que algo é pouco exequível (porque requer $ ou tempo que não queres gastar) então complica a coisa! Dá um ar de engenharia e ganhas sempre um tempito sem seres demasiado descarado como "epá isso não dá jeito nenhuma fazer".

- "cachorros", "maminhas" e "machimbombos": já consegui perceber o que é mas não consigo descrever. bom são pelo menos qualquer coisa lá no meio dos ferros e do betão, muito importante da qual se fala sempre que se fala em produção numa frente de trabalho. Saliento que são termos utilizado apenas por alguns elementos de características muito peculiares que serão posteriormente retratados neste blogg:) (ah! já estou a apanhar os tiques dos verdadeiros Engues!)

Deixo para outra entrada os nomes técnicos para coisas comuns:)

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Ready, Set...GO!

Outubro de 2006, Alcântara.

As tropas assentaram arraiais lá prós lados da Av. de Ceuta e começaram a laborar, desconhecendo o que o futuro lhes reservava.

O cheirinho inebriante começou a fazer-se sentir e desde então não mais os deixou.

Fevereiro de 2008

Em nome desta essência da cidade, e dos seus efeitos peculiares nos interveninentes desta peça, nasce hoje este blogg.

Preparem as narinas! Desobstruam as fossas nasais!

As histórias vão começar!

Cheira bem, cheira a Lisboa!